Auge da disputa das maquininhas não existe mais

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Presidente da Cielo afirma que a grande guerra entre maquininhas de cartão já acabou

Analistas e investidores do setor de maquininhas têm se perguntado o porquê da Cielo, maior empresa do segmento, manter sua estratégia de ainda buscar a maior parte desse mercado (market share, no termo em inglês) em decorrência do crescimento de margem de receita e de lucro. Esta indagação surgiu logo após a divulgação de resultados da Cielo.

Maior empresa de serviço de maquininhas de cartão do país

Para entender melhor este questionamento dos especialistas da área, vale saber que o preço médio sobre o volume capturado (yield de receita líquida) despencou 25% no terceiro trimestre de 2019, em comparação a mesma época do ano passado. Isso acontece enquanto a companhia deduz que o market share tenha aumentado em relação ao segundo trimestre, fechado em 42,3%. Sendo assim, a empresa pode ter encostado no patamar analisado entre julho e setembro de 2018, com 42,8%. Em suma, a Cielo optou por abrir mão de receita para retornar ao ponto de partida.

Opinião do presidente da Cielo

No entanto, a constatação vem seguida por uma boa notícia, dada pelo presidente da Cielo, Paulo Caffarelli. Ele diz que o auge da concorrência de preços entre as maiores empresas do setor já é coisa do passado. em declaração à revista EXAME, ele complementou:

“Vai continuar havendo achatamento de margem, mas não na mesma velocidade”, afirma em conversa com jornalistas. “Não temos uma meta de chegar a 50%, por exemplo. Mas queremos preservar a liderança, pois com isso temos escala, o que se transforma em preço competitivo”.

Caffarelli também revelou que esse fator será possível já que no mercado de grandes contas, os concorrentes já estão visitando os preços cobrados dos clientes novamente e que “isso é salutar porque tudo tem limite.”

Varejo e empreendorismo

No entanto, na área de varejo e empreendedores, o executivo afirma que a disputa por espaço vai permanecer. Porém, o achatamento de tarifas acontecerá em uma velocidade menor.

Já no segmento de varejo e empreendedores, o executivo diz que a concorrência vai continuar, mas o achatamento de taxas vai acontecer numa velocidade menor.

“Torcemos para que haja retomada da economia no ano que vem e isso se refletirá no nosso negócio.”

Na tarde da última quarta-feira (30/10), as ações da Cielo caíam 5,3%.

Vale lembrar que a empresa tem se aventurado no mercado de bancos digitais, por meio de contas de pagamentos, tendo como concorrentes a Nubank, Mercado Pago, Banco Inter e Banco Original.

Fonte: revista EXAME

*Foto: Divulgação

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