Sustentabilidade empresarial: conheça iniciativas

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Sustentabilidade empresarial conta com ações da Renault e RAC Engenharia, desenvolvidas em parceria com o Sistema Fiep, para expandir o setor ESG

Originário do inglês, ESG, a sigla amplia e formaliza a sustentabilidade empresarial em três pilares: Ambiental, Social e Governança Corporativa. O termo surgiu em 2004, após uma provocação do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras, com o propósito de trazer reflexões sobre como integrar questões sociais, ambientais e de governança no mercado de capitais.

Sustentabilidade empresarial

O ESG se monetizou no mundo corporativo. E na publicação Who Cares Wins, feita pelo Pacto Global, em parceria com o Banco Mundial, desde então, iniciativas ambientais não são o suficiente para garantir a sustentabilidade de uma empresa. Sendo assim, para crescer de forma equilibrada, seus projetos precisam ter sim o cuidado com o meio ambiente, apoiados por iniciativas que garantam a sobrevivência da comunidade que a acolhe e práticas que assegurem a qualidade de vida e diversidade entre os colaboradores.

ESG e a inovação

Embora os critérios de sustentabilidade e inovação sejam vigentes há mais tempo, o debate sobre o ESG atualiza e reforça estes parâmetros como essenciais à permanência dos negócios contemporâneos no mercado.

De acordo com Fabrício Luz Lopes, gerente executivo de Tecnologia, Inovação e Responsabilidade Social do Sistema Fiep:

“A gestão em prol da sustentabilidade está diretamente relacionada à inovação e impulsiona essa vertente, pois exige que novas práticas sejam instituídas para otimizar recursos e gerar impactos positivos em toda a cadeia. A sustentabilidade também coloca para as organizações desafios na esfera de governança, além do comprometimento com o desenvolvimento sustentável nas suas localidades, exigindo inovação também no âmbito da governança.”

ESG e a governança corporativa no cenário brasileiro

Fabrício explica também que as práticas de ESG são um caminho sem volta para os negócios, independente de setor produtivo ou tamanho. Isso porque, um número cada vez maior de pequenos empreendimentos já nasce com diretrizes e produtos pautados na sustentabilidade corporativa e na inovação.

ESG pela sustentabilidade ambiental

Entre os exemplos de companhias que enxergam a sustentabilidade como pilar estratégico e investe cada vez mais na trajetória é a RAC Engenharia. Criada em 2001, a construtora publicou seu primeiro Relatório de Sustentabilidade este ano, com o apoio do Sesi Paraná, para compartilhar as práticas pioneiras e inovadoras, além dos resultados conquistados.

Segundo Júlia Berticelli Basso, responsável pela Sustentabilidade Corporativa do Grupo RAC:

“O processo foi muito interessante, pois permitiu rever e reagrupar os principais processos da empresa em um relato integrado, possibilitando uma visão do todo, tanto para o leitor, quanto para a tomada de decisões da equipe.”

Além disso, para a construção desse relatório, a RAC seguiu a norma internacional Global Reporting Initiative (GRI), que traz a melhor forma de comunicar questões voltadas a temas de grande relevância.

“A consultoria do Sesi foi essencial para o bom entendimento da norma e de seus indicadores perante a equipe, além de garantir o melhor atendimento aos requisitos, por meio de análises completas e muito bem embasadas, passando muita credibilidade e seriedade no processo. O resultado tão positivo deve-se, sem dúvidas, à qualidade do trabalho de todo o time envolvido, incluindo o apoio da consultoria.”

ESG pela sustentabilidade social

Já na Região Metropolitana de Curitiba, o bairro Borda do Campo, em São José dos Pinhais, conta com a parceria da Fiep para as iniciativas sociais e ambientais da Renault. A montadora, que possui o Instituto Renault para dar vazão aos projetos socioambientais, realizou em 2018 o mapa social da região para identificar o nível de desenvolvimento do território, as necessidades, rede de serviços, tendências e oportunidades.

Com base no resultado, foi tomada a decisão de investimento na Associação dos Moradores e Amigos da Roseira e Borda do Campo (AMARB). A instituição foca na realização de projetos de geração de renda e cursos profissionalizantes que apoiam o desenvolvimento da comunidade, e também atua na intervenção de relações institucionais pelos interesses e direitos dos moradores.

Outra iniciativa do Instituto Renault, agora com o apoio do Senai SJP e da Prefeitura do Município, é o projeto Geração Futuro Profissionalizante, que começou em 11 de julho para oferecer capacitação profissional em mecânica automotiva básica aos moradores do bairro Borda do Campo. As aulas teóricas ocorrerão no Centro de Referência de Assistência Social Afonso Celso Araújo e as aulas práticas serão feitas na unidade do Senai no bairro Afonso Pena.

Por fim, Graziela Pontes, coordenadora de Responsabilidade Social do Instituto Renault.

“O Senai é uma instituição amplamente reconhecida pela sociedade por sua qualidade e experiência na formação industrial. Os jovens inscritos no Geração Futuro Profissionalizante terão acesso à formação em mecânica automotiva básica e estarão prontos para ingressar no mercado de trabalho. Os participantes receberão um certificado de conclusão concedido pelo Senai, que traz um peso maior para o curso e com a chancela de qualificação profissional pela Classificação Brasileira de Ocupações. Ou seja, os formandos sairão com um certificado de uma profissionalização.”

*Foto: Reprodução

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