Startup Altox antevê ampliação de 25% até fim do ano

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A startup brasileira Altox deseja expandir sua base de clientes do setor farmacêutico em 25% até o fim de 2019. A empresa também pretende ampliar sua presença no mercado de cosméticos e de agroquímicos em 2020. A companhia desenvolveu uma tecnologia que possibilita substituir testes toxicológicos em animais por um sistema que usa inteligência artificial.

Histórico da Altox

A Altox foi fundada em 2016 com financiamento vindo da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Atualmente, a startup possui 27 clientes da indústria farmacêutica em território nacional e fora do país, e também em outros setores, como agroquímicos e cosméticos.  

Em entrevista à Forbes (UOL), o diretor-técnico da Altox, Carlos Eduardo Matos afirma que a empresa conta com um processo 100% limpo, o que permite não realizar testes em animais, além de evitar a geração de poluentes. Ele também destaca que o método agrega um diferencial de competitividade às companhias. Matos não disse nada sobre dados financeiros da Altox e nem citou nomes dos clientes atendidos.

Plataforma iS-Tox

A startup desenvolveu a plataforma is-Tox, que chegou ao mercado no fim do ano passado e que usa inteligência artificial para a realização de testes por meio de modelos computacionais que podem substituir estudos toxicológicos feitos em laboratório, como aqueles que detectam reações de medicamentos em animais.

Para Matos, este diferencial vai gerar uma competitividade à indústria a ponto de conseguirem realizar negócios no exterior. Pois, na Europa o teste em animais é vetado desde 2009. Já no Brasil, poucos Estados proíbem este tipo de teste. São eles: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.

O diretor também ressalta que “um estudo de carcinogênese em ratos, por exemplo, pode levar dois anos e custa mais de meio milhão de reais”.

Na plataforma iS-Tox, um exame equivalente que usa o modelo computacional dura somente alguns segundos e sua despesa pode variar, desde US$ 450 por teste único de um composto químico, chegando até US$ 100 mil por ano para testes ilimitados.

Sistema Do It Yourself

A Altox almeja alterar seu modelo de negócios para um sistema “Do It Yourself” (faça você mesmo, em tradução livre), em que faz treinamentos com seus clientes para os próprios realizem os estudos. Matos ainda ressaltou:

“O ideal é que cada cliente consiga fazer suas próprias análises, consiga andar com as próprias pernas, de modo remoto, sem a necessidade de um laboratório ou um computador potente”.

Com isso, os clientes acabam desenhando a própria estrutura da molécula a ser testada e o algoritmo da Altox verifica suas interações com as mais de 250 mil moléculas no banco de dados da plataforma, gerando um relatório automático com todas as informações necessárias.

O diretor concluiu que:

“Se o cliente tiver mil ingredientes, ele pode fazer o teste com os mil sem usar animais e sem precisar sintetizar um grama desses ingredientes”.

Fonte: Forbes (UOL)

*Foto: Reprodução / Getty Images

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