Prefeitura do Rio traça novo plano do BRT Transbrasil

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A ideia é elaborar uma nova operação que o BRT Transbrasil não corra risco de passar a funcionar a partir de agosto de 2020

A prefeitura do Rio de Janeiro decidiu contratar uma empresa para reavaliar o plano operacional do corredor BRT Transbrasil. Em 2014, data do plano original, o cálculo previa uma demanda que impactaria 56 mil passageiros por hora em horário de pico. Porém, de acordo com estudo da Secretaria Municipal de Transportes, realizada entre 2018 e este ano, a demanda atual pode cair para até 60%.

Previsão de início do BRT Transbrasil

Segundo o planejamento atual da prefeitura, o sistema deverá iniciar suas operações em agosto de 2020, mesmo que as obras sejam concluídas ainda no final de 2019. Pois, até lá, uma etapa de transição será implantada. Com isso, pistas exclusivas serão utilizadas também pelos ônibus convencionais.

Em uma audiência pública, realizada na Alerj no começo de setembro, o secretário estadual de Transportes, Delmo Pinho, disse o seguinte:

“Tivemos 4 reuniões prefeitura sobre o modal. A decisão que vai ser dada na Avenida Brasil tem que ser interesse de todos. Não é uma decisão municipal apenas. Há ônibus pagadores, os intermunicipais e interestaduais. É prematuro apresentar plano agora. Agora é um bom momento que prefeitura entendeu ação de cooperação antes de ter decisão para este sistema. O serviço operacional, acho pouco provável começar no ano que vem”.

Ele ainda ressaltou que é necessário debater de como se dará a chegada dos articulados no Centro do Rio e solicitou na ocasião a paralisação das obras, na altura do Into e da Rodoviária Novo Rio.

Outros depoimentos sobre o BRT Transbrasil

Para o deputado Luiz Paulo (PSDB), integrante da Comissão da Comissão Especial da Região Metropolitana:

“A Avenida Brasil tem uma característica metropolitana e não local porque ela liga o Rio com vários municípios. As obras até podem ficar prontas em um ano, mas operar acho muito difícil, já que parece não ter tempo hábil para colocar os ônibus articulados circulando. Esses são veículos que precisam ser comprados sob demanda. Queremos diminuir o tempo de viagem para os passageiros da Zona Oeste, mas é preciso pensar também em quem vem da Baixada e Niterói”.

Já para o coordenador de planejamento da Secretaria Municipal de Transportes do Rio, Eloir Ferreira, até que o sistema inicie de fato suas operações é necessário haver uma etapa de transição em que os ônibus convencionais poderão utilizar as calhas do BRT Transbrasil. Ele ressalta que o cálculo, com o modal já em funcionamento, o tempo de viagem entre a Avenida Brasil e Linha Vermelha cairia aproximadamente em 90 minutos. E conclui:

“Precisamos avaliar o impacto, principalmente no entorno da Rodoviária Novo Rio. Haverá uma fase intermediária, na qual os ônibus convencionais municipais vão circular na calha do BRT junto aos articulados”.

Região metropolitana

No entanto, o deputado Waldeck Carneiro (PT) chama atenção no sentido de que também é preciso ouvir os municípios da região metropolitana que possui linhas que atravessam a área do BRT Transbrasil e ainda afirma:

“Hoje, as cidades não podem mais desenvolver ações para resolver problemas de mobilidade urbana, saneamento ou habitação pensando que os impactos se limitam a seu próprio território. Não é uma obra periférica, ela altera de maneira decisiva o cotidiano da vida da população de vários municípios do Estado do Rio”.

Consórcio BRT

O consórcio BRT disse que espera a apresentação do projeto técnico e operacional para só assim tomar as devidas providências, entre as quais: aquisição de veículos.

Já a Prefeitura disse que não tem uma previsão para que o sistema opere como BRS até agosto do ano que vem. Por fim, afirmou que a nova avaliação tem o objetivo de ajustar a demanda atual e o traçado do projeto, que foi alterado após 2015.

Fonte: O Globo

*Foto: Divulgação / Márcia Foletto / Agência O Globo

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