Retorno dos cruzeiros no Brasil dependerá da Anvisa aprovar protocolo; e navios só com vacinados partiu em maio rumo ao exterior
Ainda em março deste ano, já se falava sobre o retorno dos cruzeiros no Brasil. Prova disso é que em maio houve a partida do primeiro navio só com vacinados rumo ao exterior.
Retorno dos cruzeiros no Brasil
A esperança do setor de turismo, além dos que amam fazer cruzeiros, está na próxima temporada de 2021, marcada para começar em 31 de outubro. Com isso, já estão previstas sete embarcações com atuação exclusiva na costa nacional, Argentina e Uruguai, e ainda de outras que farão paradas por aqui em voltas ao mundo.
Empresas de cruzeiros
No caso da empresa MSC, ela terá cinco navios na costa brasileira, com um deles com embarques em Buenos Aires e Montevidéu. E ainda a companhia trará ao país uma embarcação inédita, o Seaside, irmão gêmeo do Seaview.
Já a empresa Costa terá duas embarcações dedicadas ao Brasil e aposta no país para inaugurar seu mais novo navio, o Toscana, com capacidade para 6.730 hóspedes. Além disso, ele também será o maior cruzeiro a integrar a temporada nacional.
Vacina dos passageiros
De acordo com o diretor-geral da Velle e representante das companhias de cruzeiros fluviais e marítimos no Brasil, Ricardo Alves, o setor está debatendo a possibilidade de exigir vacina dos passageiros. Porém, isso não faz parte ainda dos protocolos oficiais.
Por outro lado, algumas empresas já estão adiantando o processo. Prova disso é que a Royal Caribbean passou a fazer viagens no mês passado, partindo de Israel com destino à Grécia. Mas neste caso todos os maiores de 16 anos foram vacinados. Para Ricardo Amaral, da R11, que representa a empresa no Brasil:
“Israel está com mais de 50% da população vacinada, e os cruzeiros vão acontecer em ambiente controlado. Será um grande marco.”
Já a empresa Crystal Cruises, que atua fora do país, anunciou que só aceitarão vacinados quando voltar. E nas viagens da empresa: crianças e adolescentes que ainda não estão sendo vacinados, não poderão embarcar.
Protocolos seguem
Mesmo com a possibilidade de ocorrer viagens entre pessoas já vacinadas, os protocolos continuarão. Ou seja, é obrigatório o uso de máscaras e demais procedimentos. Para Ferraz, só a vacina não resolve o problema. Porém, ela é uma camada a mais de proteção.
Ainda segundo ele, o retorno dos cruzeiros no Brasil e pelo mundo dará uma boa perspectiva ao país se este método funciona ou não.
Opinião de infectologistas
Em contrapartida, para o infectologista Ivan França, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, só a exigência da vacina não acaba com as chances de contaminação a bordo. Isso porque nenhuma vacina garante 100% de proteção contra a contaminação pela Covid-19.
“Sempre vai ter quem não desenvolveu níveis satisfatórios de anticorpos, como pode acontecer com qualquer vacina.”
Vale destacar que a exigência da vacinação para viajar só tem eficácia a partir do momento em que a população global chega em torno de 70% de imunizados.
“Aí, faz sentido pedir a vacina e aliviar outros protocolos.”
Fronteiras fechadas
Por fim, em relação aos cruzeiros no exterior, ainda há a questão das barreiras das fronteiras fechadas.
*Foto: Divulgação