Além disso, o IGP-M acumulou alta de 28,94% em 12 meses
Nesta semana, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) registrou alta de 2,53% para o mês de fevereiro, ante 2,58% referente a janeiro. E isso tudo sob pressão da área de economia em relação às matérias-primas brutas do atacado. As informações são da Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira (25).
Resultado do IGP-M
O resultado do IGP-M ficou acima da expectativa em pesquisa da agência Reuters de um avanço de 2,38%. Com isso, o índice acumula em 12 meses alta de 28,94%.
Todavia, ainda em fevereiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que corresponde a 60% do índice geral, além de apurar a variação dos preços no atacado, passou a subir 3,28%, contra alta de 3,38% no mês de janeiro.
Em nota, André Braz, coordenador dos índices de preços, explicou:
“Apesar da similaridade, o resultado mostrou que a pressão exercida pelas matérias-primas brutas se espalhou pelas demais classes do IPA favorecendo, o acréscimo das taxas dos grupos bens intermediários (…) e bens finais (…).”
Matérias-Primas Brutas
Já o grupo Matérias-Primas Brutas registrou alta de 3,72% em fevereiro, após subir 5,86% na leitura anterior.
Em contrapartida, o Bens Intermediários expandiram sua alta de 2,54% para 4,67% este mês. Enquanto isso, os Bens Finais aceleraram os ganhos de 1,09% para 1,25%. Vale ressaltar que a taxa do primeiro grupo foi influenciada por materiais e componentes para a manufatura. E a do segundo sofreu influência do aumento da gasolina, afirma Braz.
Consumidor
Todavia, para o consumidor, a alta dos preços ficou menos intensa. Isso porque o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% sobre o índice geral, desacelerou a alta a 0,35% no mês, de 0,41% em janeiro.
Além disso, os preços de Alimentação foram os principais responsáveis por esse resultado, uma vez que desaceleraram sua alta de 1,52% para 0,18% em fevereiro. Portanto, ele é um reflexo do decréscimo na taxa de variação das hortaliças e legumes (7,64% para -1,77%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), subiu 1,07% em fevereiro, de uma alta de 0,93% no primeiro mês do ano.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.
*Foto: Divulgação