Por mais que SP e RJ fiscalizem o uso do canudo de plástico nos estabelecimentos, não se pode esquecer seu uso no modo delivery
Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo estão lutando contra o uso de plástico no dia a dia. Os cariocas proibiram a utilização de sacolas, já os paulistas o uso do canudinho.
Já na China, um debate público aborda a questão do aumento do lixo acumulado por empresas de entregas de comidas e bebidas.
Desde quarta, dia 27 de junho, entrou em vigor no Rio a proibição da comercialização de sacolas plásticas em pontos comerciais. A fiscalização será iniciada em supermercados. No entanto, até o fim de 2019, esta lei deve impactar todo o comércio do estado.
Supermercados cariocas
As redes de supermercados utilizam em média cerca de 4 bilhões de sacolas plásticas anualmente. Elas deverão ser substituídas por modelos que possam ser reutilizados, que são produzidos com materiais renováveis. O projeto de lei é do deputado Carlos Minc (PSB), que foi ministro do Meio Ambiente. Ele se inspirou na lei aplicada em São Paulo, que cobra do consumidor a entrega de sacolinhas em mercados, incentivando o público a não desperdiçar.
Proibição de canudos de plástico no estado de São Paulo
Nos próximos dias, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) deve sancionar o projeto de lei já aprovado na Assembleia Legislativa sobre a proibição do uso de canudos de plástico em todo estado. Foi assinado no dia 25 de junho pelo prefeito da capital paulista, nos mesmos moldes, do governo, o impedimento da utilização do mesmo material. A nova regra deve entrar em vigor nos próximos 180 dias a contar da data de assinatura.
Os canudinhos já haviam sido proibidos no estado do Rio de Janeiro em 2018. Outros estados brasileiros já possuem projetos similares para esta questão.
Acúmulo de lixo
A forte mobilização diz principalmente respeito ao crescente número de lixo acumulado no país, principalmente em função do plástico. O Brasil já é considerado o quarto maior produtor de lixo plástico a nível mundial. De acordo com o Banco Mundial, são 11,3 milhões de toneladas de lixo. A reciclagem de todo este material só rende 1,2 % do total, quando o correto seria reciclar 9%, segundo média mundial. Os três primeiro lugares em acumuladores de lixo são: Estados Unidos, Índia e China.
É preciso ir além dos canudinhos
Na China está sendo discutido o uso do plástico nas empresas de entrega de comidas e bebidas, além de outros produtos. Há uma estimativa que só este tipo de material utilizado nas entregas tenha aumentado nove vezes no país nos últimos dois anos. Sendo 1,8 milhão de toneladas de embalagens plásticas só no ano passado.
No entanto, os chineses estão mais adiantados em relação aos brasileiros sobre a questão de deixar a cozinha de lado e pedir comida via aplicativos. Este tipo de negócio atingiu faturamento de US$ 70 bilhões em 2018.
Todavia, é preciso estar atento a este mercado que utiliza muito o plástico para embalar os produtos solicitados por aplicativos. Além do uso de papelão também.
Portanto, não adianta não tomar um suco ou refrigerante sem canudo em um restaurante, por exemplo, se quando a pessoa pede comida em casa, está consumindo o plástico de qualquer jeito, seja na forma da embalagem, da famosa sacolinha, etc. Na verdade, estes consumidores estão piorando o acúmulo de lixo. Fator que os governantes devem estar ainda mais atentos.
*Foto: Divulgação / ONU Meio Ambiente – Martine Perret