Índice de crescimento do Brasil acontece após recuperação da economia, afirma o órgão, que complementa que a cautela na política monetária pelo Banco Central é adequada e compatível com sistema de metas de inflação
O crescimento da economia no país deve cair um pouco mais que o esperado no curto prazo. Mas isso só irá ocorrer se alcançar 2,5% no médio prazo. É o que explicou o Fundo Monetário Internacional (FMI), ao divulgar a análise que integra um relatório anual do órgão: o artigo 4.
Crescimento do Brasil
Todavia, o crescimento do Brasil, segundo as estimativas mais recentes do fundo, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,1% neste ano — ou 0,1 ponto porcentual a menos do que o estimado pelo FMI no mês passado, no relatório Perspectiva Econômica Mundial. Entretanto, para 2025, a estimativa subiu em 0,3 ponto porcentual, a 2,4%.
Além disso, a avaliação é de que os riscos para as perspectivas de crescimento melhoraram desde 2023, e de que a reforma tributária, voltada à simplificação dos impostos, deve contribuir para melhorar a atividade econômica e a geração de emprego. Contudo, o FMI pondera que os efeitos macroeconômicos e fiscais adversos da calamidade das enchentes no Rio Grande do Sul não têm como ser mensurados neste momento.
Juros e inflação
Já em relação às previsões para a inflação brasileira melhoraram. Anteriormente, a estimativa era de alta de 4,1% do IPCA ao final deste ano, agora a projeção é de 3,7%, com a taxa convergindo à meta de 3% na primeira metade de 2026.
Por outro lado, a cautela na política monetária pelo Banco Central é adequada e compatível com sistema de metas de inflação, uma vez que o mercado de trabalho segue aquecido e que as expectativas de inflação estão acima da meta.
Iniciativas do governo federal
Além disso, o fundo também elogiou as iniciativas do governo federal para reduzir o déficit nas contas públicas. E ainda ressaltou que as medidas adotadas precisam considerar não apenas o aumento da arrecadação, mas também a redução de despesas.
Por fim, o FMI recomenda que para posicionar a dívida pública em uma trajetória de queda e abrir espaço para investimentos prioritários, é preciso que tenha um esforço fiscal sustentado e mais ousado, com base em medidas que contemplem tanto a receita como a despesa e um marco fiscal reforçado.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/empresario-mostrando-a-evolucao-do-negocio-com-um-grafico_928694.htm#fromView=search&page=1&position=9&uuid=b37bdee5-b016-4f58-b2bf-9df789bd861c