Cielo Pay chega para concorrer com o mercado de bancos digitais

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Anunciado no dia 26 de agosto pela empresa, o Cielo Pay é um sistema de transações financeiras por meio de contas de pagamentos. A tecnologia é semelhante às fintechs que vêm despontando no Brasil, como Banco Inter, Banco Original, Mercado Pago e a mais famosa delas, a Nubank.

Funcionamento do Cielo Pay

Com estreia prevista para o dia 14 de outubro, o aplicativo gratuito da Cielo tem como principal ferramenta possibilitar que pequenos comerciantes e prestadores de serviço recebam pagamentos sem precisar utilizar maquininha de cartões.

Além disso, o dispositivo também vai consentir que seus usuários realizem pagamentos a terceiros. Sendo assim, as transações serão feitas tanto com uso de QR Code, boletos e TEDs, como pela tradicional transferências entre contas.

Público-alvo

O foco do Cielo Pay são os microempreendedores. No entanto, o aplicativo também permite a entrada de pessoas físicas.

O usuário que já possuir conta na própria Cielo poderá realizar transações financeiras de forma gratuita. Já para clientes de outras instituições, as atividades custarão R$ 7,90 por cada operação.

Mercado de cartões

A novidade prova que o presidente-executivo da empresa, Paulo Caffarelli deseja tornar a líder em meios eletrônicos do Brasil reagir à concorrência do setor de cartões, no quesito adquirência. Este movimento tem sofrido uma queda na última década e, consequentemente, diminuindo seu valor no mercado. Só no último ano as ações da Cielo foram reduzidas em 50%.

No dia 26 de agosto, por volta das 15h10, os ativos da companhia subiram 1,4% na bolsa paulista.

Contudo, o Cielo Pay se torna o principal canal da empresa para atuar com pequenos clientes. Pois, nos últimos anos a companhia focou mãos em grandes varejistas, setor este que possui mais da metade de participação.

Em declaração a jornalistas, Caffarelli disse:

“Agora, a relação da Cielo com o empreendedor irá para além da venda; vamos acompanhar sua jornada diária como vendedor e como consumidor”.

Licença do Cielo Pay

O executivo ainda ressaltou que os serviços que serão prestados pelo Cielo Pay estarão conectados à licença de instituição de pagamentos que a presença possui.

Em julho, a companhia anunciou a oferta de crédito diretamente a seus clientes. Com isso, novas receitas foram geradas, de acordo com o executivo. Ele ainda admitiu que poderia em breve solicitar ao Banco Central uma licença para disponibilizar aos usuários uma operação bancária mais completa.

Caffarelli afirma que os atuais movimentos em serviços bancários realizados pela Cielo desejam não conflitarem com os controladores da empresa. A atitude é apoiada pelo Banco do Brasil e Bradesco.

Conquista dos pequenos empreendedores

O Cielo Pay chega num momento em que as fintechs independentes de grandes instituições financeiras consigam promover serviços bancários em plataformas digitais com valores mais baixos que os praticados pelos bancos.

Várias dessas plataformas têm lançado nos últimos meses serviços focos em microempreendedores, que são o tipo de público que utiliza regularmente um mesmo ambiente para realizar transações financeiras comerciais e também de pessoas física. 

A Nubank, que diz ser o maior banco digital do Brasil, iniciou em julho a operação de contas digitais para pequenas companhias. Na mesma época, o Banco Original lançou um sistema integrado para pessoas físicas e jurídicas.

Já o braço financeiro do Mercado Livre, o Mercado Pago, iniciou neste ano a oferta de crédito a seus clientes, que é um nicho formado principalmente por microempreendedores.  

Todos esses bancos digitais têm em comum a meta de tentar colher dados que identifiquem os hábitos desses clientes, até mesmo as informações que não forem do setor financeiro.

Em relação a Cielo Pay, a plataforma possibilita a conexão com mídias sociais e aplicativos de mensagens. Com isso, os usuários conseguem enviar comprovantes de transações e ainda que outros comerciantes entrem em contato com eles para ofertar promoções e produtos. Todas essas iniciativas têm a intenção de fidelizar mais clientes, finaliza Caffarelli.

Fonte: Forbes – UOL

*Foto: Divulgação

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