Brasil tem 67 milhões inadimplentes, apesar dos sinais de recuperação

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Brasil tem 67 milhões inadimplentes, com média de dívida que ultrapassa R$ 4 mil por pessoa

Atualmente, a média da dívida do brasileiro ultrapassa R$ 4 mil por pessoa. Neste cenário, as famílias de renda mais baixa são as mais endividadas. Hoje, o brasileiro faz dívida para dar conta do dia a dia. Os gastos com comida são os que mais levam à inadimplência.

E apesar dos sinais de recuperação da economia, muita gente ainda está sem dinheiro para quitar as dívidas.

Brasil tem 67 milhões inadimplentes

Hoje, o Brasil tem 67 milhões de inadimplentes, o que faz com os brasileiros tentem criar soluções para o dia a dia. É o caso de Douglas Pinheiro, ouvido pelo Jornal Nacional. Ele tinha o sonho de fazer do Morro da Alegria um lugar de fato mais feliz para seus moradores. A comunidade fica em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. Ele e a mulher criaram um projeto social, chamado ONG Primeira Chance. O espaço faz do violino, música e dança seus instrumentos de paz. Ele revela que toda semana passam por lá em torno de 200, 300 pessoas.

No entanto, o projeto cresceu, e a dívida no cartão de crédito do Douglas também.

“Para mais de R$ 6 mil, R$ 7 mil. Com o tempo, com certeza está esse valor. Ou mais que isso.”

Brasileiros negativados

E Douglas não está sozinho nessa situação. Os brasileiros negativados tem hoje um aumento de 9% em relação a maio de 2022. Isso ocorre mesmo com a economia brasileira dando sinais de recuperação. A inflação está em queda. Em maio, o IPCA fechou em 0,23%. O desemprego chegou a 8,3% no trimestre encerrado em maio – a menor taxa para esse período desde 2015.

Consumidor não tem mais fôlego para quitar dívidas

No entanto, para o economista Claudio Frischtak, o fôlego do consumidor para quitar dívidas leva tempo.

“Você tem uma defasagem entre a melhora da economia, a redução dos juros, enfim, melhora do mercado de trabalho, e redução efetivamente dessa massa de dívida, dessa massa de famílias endividadas. Para refletir isso em uma melhora desse estoque de dívida e no endividamento das famílias vai demorar um pouco.”

Além disso, as dívidas no cartão de crédito, justo essas com juros tão altos, são as mais frequentes entre quem está devendo. Os empréstimos no banco e crediários aparecem na sequência.

Ivete Cristina da Costa, desempregada, dobrou o tamanho da família quando assumiu a criação dos sobrinhos gêmeos de 1 ano e 8 meses.

“Mercado, fralda e farmácia. Aí tem os antialérgicos e assim vai.”

Por fim, com tantos gastos, caiu na inadimplência e agora o que mais quer é limpar o nome.

“Isso que eu quero me arrumar. Tanto é que eu já consegui fazer uma renegociação já.”

*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/homem-de-pele-escura-desesperado-tocando-a-cabeca-com-as-duas-maos-sentindo-se-absolutamente-devastado_9957170

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