Auxílio emergencial pode ser estendido a mais da metade da população

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Com mais da metade da população com direito a receber o auxílio emergencial, medida vai gerar um dos principais gastos primários vinculados ao combate à pandemia da Covid-10 neste ano, porém, seu valor total ainda é incerto

Mais da metade da população brasileira poderá ser elegível para receber o auxílio emergencial. A renda básica de R$ 600, proposta no fim de março, é destinada às pessoas mais em situação de maior vulnerabilidade pelo período de três meses, em meio à pandemia do novo coronavírus. As informações são de um estudo divulgado pela Instituição Fiscal Independente (IFI), do Senado.

Mais da metade da população é elegível

Com a mais da metade da população tendo direito à renda emergencial, a medida vai gerar um dos principais gastos primários vinculados ao combate à pandemia da Covid-10 neste ano. Porém, seu valor total ainda é incerto, de acordo com o IFI, pois depende da evolução da taxa de desemprego e dos recursos dos cidadãos no decorrer de maio e junho.

Quem tem direito ao auxílio emergencial

Os contemplados pela medida do auxílio emergencial são os trabalhadores informais, autônomos de baixa renda e beneficiários do Bolsa Família, pelo período de três meses. Parte dessas pessoas já estava inscrita no Cadastro Único, base de dados para participação de programas sociais, o que facilitou o mapeamento pelo governo federal. Os demais cidadãos vêm se cadastrando pelos meios digitais da Caixa Econômica Federal. Nesse último grupo fica mais difícil de realizar a identificação e que pode aumentar com o passar dos dias, caso a economia brasileira se arruíne ainda mais nos próximos meses.    

Total de elegíveis

No dia 30 de abril, o total de elegíveis desses três grupos alcançou a marca de 50,5 milhões de pessoas (a maioria já recebeu a primeira parcela do benefício). Porém, este número pode chegar a 112 milhões nos próximos meses, conforme previsão do IFI, o que equivale a mais da metade da população, composta por 211,5 milhões de brasileiros.

De acordo com o relatório, até a última terça-feira (5), ainda estava sendo verificada a elegibilidade de quase 18,6 milhões de cadastros realizados pelo aplicativo ou site da Caixa. Isso sem contar que ainda deve ter elegíveis que não se cadastraram, como explica a nota técnica do IFI:

“Pessoas em situação mais vulnerável que a média, e que não conseguiram acesso à internet, por exemplo.”

O Instituto trabalha com um panorama base que admite um número menor de beneficiários, de 79,9 milhões, com uma despesa total de R$ 154 bilhões em três meses. Portanto, tal estimativa não leva em consideração a possibilidade de o prazo de concessão do auxílio emergencial ser estendido.

Fonte: Revista EXAME

*Foto: Divulgação/Ponte Jornalismo

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