Além das lojas de conveniência, empresa também pretende se tornar “banco de restaurantes”
Com objetivo de ampliar os negócios, o iFood vem apostando em lojas de conveniência e numa prateleira reforçada de serviços financeiros para restaurantes. Com isso, a empresa consegue capitalizar novas oportunidades surgidas desde o ano passado com os efeitos da Covid-19.
A estratégia do iFood ocorre quase um ano depois da empresa ter iniciado a entrega de itens de supermercado, principalmente por causa das medidas de isolamento tomadas para conter a pandemia. Tudo isso ajudou a impulsionar o comércio digital no país.
Lojas de conveniência
Em seguida, ao identificar este cenário, o iFoo entrou para o segmento de lojas de conveniência. Tal plano estava inicialmente previsto apenas para este ano. Atualmente, são em torno de 5 mil pequenos mercado de conveniências distribuídos em 300 municípios. Com isso, a empresa prevê uma multiplicação desse número por oito nos próximos 12 meses.
Em declaração à Reusters, o vice-presidente de estratégia e finanças do iFood, Diego Barreto, afirmou:
“Nós já enxergávamos supermercado como uma vertical de expansão natural do negócio.”
Ele ainda acrescentou que “a pandemia acelerou isso”, mencionando que as entregas totais realizadas pela empresa no mês passado alcançaram 60 milhões. Ou seja, o dobro em comparação ao mesmo mês de 2020.
Outras empresas de comércio eletrônico
Além do iFood, outras empresas de comércio eletrônico estão realizando uma forte ofensiva sobre o setor de supermercados no Brasil desde o ano passado. Isso tudo à medida que buscam expandir a recorrência de uso de seus apps, após campanhas massivas para formar bases de dezenas de milhões de usuários.
Desse modo, o segmento cujas vendas pela internet correspondem apenas 5% do total no país tornou-se alvo prioritário de Mercado, Magazine Luiza, B2W. E sem contar os movimentos feitos pelas próprias cadeias supermercadistas, como GPA e Carrefour Brasil.
Manter crescimento
Todavia, a ofensiva sobre supermercado também é uma maneira do iFood tentar manter o ritmo de crescimento, à medida que sofre ataque de rivais, como o próprio Magazine Luiza e a B2W, que entraram no segmento de entregas de refeições. E ainda há a expectativa de entrada de competidores globais em pouco tempo.
“Banco de restaurantes”
Por outro lado, um jeito de fortalecer a empresa é ampliar o relacionamento financeiro com seus restaurantes clientes. Hoje, o iFood já presta serviços de pagamentos para aproximadamente 100 mil dos 250 mil restaurantes que atende.
Oferta de crédito
Esta ação ocorre com a ampliação da oferta de crédito. Ou seja, para os próprios restaurantes ou para os funcionários deles. De acordo com Barreto, a empresa já emprestou R$ 200 milhões. E a meta agora é atingir R$ 500 milhões ainda em 2021.
Por conta do fechamento de muitas atividades presenciais no comércio alimentício, as receitas de milhares dos restaurantes cadastrados no iFood já têm ampliado esse relacionamento financeiro. Isso porque a pandemia tem estendido iniciativas como antecipação de recebíveis sem juros e redução de taxas. Barreto identifica também que o mercado de entregas de refeições e itens de supermercado é de expansão acelerada por alguns anos no país. Portanto, não é necessidade dos atuais grupos defenderes seus mercados.
*Foto: Divulgação