Consumo de energia vem sendo puxado pela indústria
No mês de setembro, todas as regiões do Brasil registraram aumento no consumo de energia elétrica, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo a Resenha Mensal publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), esse fator não ocorria desde novembro de 2019.
Contudo, o atual registro configurou o segundo aumento seguido do consumo total de energia elétrica no país, da ordem de 2,6%, atingindo 40.227 gigawhatts-hora (Gwh).
Consumo de energia entre as regiões
A região Norte foi a que mais se destacou no mês de setembro, com alta de 4,9% no consumo. Na sequência aparecem: região Sul, 3,5%; Nordeste, 2,9%; Sudeste, 2,2%; e Centro-Oeste, 0,9%.
Além disso, o mercado livre segue subindo com força (9,3%), após já ter crescido 5,6% em agosto e 1,5% em julho. Porém, o mesmo não ocorreu com o mercado cativo, representado pelas distribuidoras, em queda de 0,8% em setembro, após já ter perdido 0,9% em agosto e 3,2% em julho.
Indústria
No setor industrial ouve a maior alta de consumo em setembro desde abril de 2018 (5,7%). O aumento foi puxado especialmente pelo setor metalúrgico (8,5%). No entanto, a indústria ainda não conseguiu recuperar as perdas causadas na economia pela redução da atividade. Sendo assim, ela acumulou nos nove primeiros meses uma queda de 3,3%, em comparação ao mesmo período de 2019.
Residências
Em relação ao consumo residencial de energia, ele cresceu pelo terceiro mês seguido (7,6%). Isso é o resultado da soma do aumento das temperaturas, que foi a maior aquisição de aparelhos eletrodomésticos, além da quarentena imposta pela pandemia. Já o segmento do setor acumula alta de 3,3% de janeiro a setembro na comparação anual.
Comércio
Todavia, o comércio segue registrando queda no consumo de energia, de 8% em setembro. Com isso, ele mantém o impacto negativo causado pela pandemia no setor, acumulando uma redução de 11,2% de janeiro a setembro.
Por fim, o consumo de energia elétrica brasileiro acumula queda de 2,6% até setembro e de 1,4% nos últimos 12 meses, afirmou a EPE.
*Foto: Reprodução/Getty Images