Fazenda urbana invade Rio de Janeiro

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Rio ganha uma fazenda urbana, que poderá ser visitada pelo público a partir de outubro

A cidade maravilhosa vai ganhar uma fazenda urbana a partir do mês que vem, que poderá ser visitada pela população, especialmente aos residentes do bairro da Barra, pois o empreendimento fica no Via Parque. A BeGreen é a responsável por tudo isso, que é uma empresa mineira de produção de alimentos.

Fazenda urbana

O espaço da fazenda urbana da BeGreen possui dois mil metros quadrados. O empreendimento terá a maior parte da área destinada à produção de diversos cultivos sem qualquer uso de agrotóxico, entre eles: beterraba, basilicão, cebolinha, rúcula, salsa e tomilho. A intenção é conseguir produzir no local uma tonelada de alimentos por mês.

BeGreen

A companhia livre de agrotóxico foi criada em 2017, em Belo Horizonte (MG). A iniciativa partiu do fundador Giuliano Bittencourt, que já tinha contato com fazendas urbanas da Califórnia (EUA), durante a realização de um curso de desenvolvimento de startups, no Massachusetts Institute of Technology (MIT). De volta ao Brasil, ele se dedicou a analisar o desperdício de alimentos no país. Em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou:

“Quase 70% do que se cultiva no Brasil é desperdiçado, porque nossa cadeia de produção é muito longa e com muitas baldeações. O alimento sai do produtor para um centro de distribuição, de lá para o ponto de venda e finalmente para a casa do consumidor. A ideia da fazenda urbana é aproximar o produto do consumidor”.

A fazenda urbana da BeGreen atua no sistema de aquaponia, que consiste na criação de peixes ligada ao cultivo de hortaliças. Com isso, menos água é consumida e ainda se mostra um método mais eficaz.

O foco da companhia é proporcionar aos consumidores o contato com uma produção alimentícia mais sustentável. Além disso, a fazenda do Rio terá uma loja, com venda dos produtos cultivados ali, além da presença de um café, sorveteria e restaurante, com um cardápio elaborado a partir do que é cultivado na fazenda.

Bittencourt ressalta que seu medo de produção não tornam os alimentos mais caros:

“A alta produtividade do sistema diminuiu o preço de venda. A estimativa é que um pé de alface custe R$ 3”.

E ainda ensina:

“Quanto menor o tempo entre a colheita e o consumo, mais o alimento preserva seu sabor. As pessoas vão ter acesso a produtos frescos, sem agrotóxicos e sustentáveis”.

Crianças na fazenda urbana

Segundo o fundador da BeGreen, a experiência dentro da fazenda urbana será ainda mais enriquecedora para as crianças, pois elas poderão ter acesso à produção dos alimentos em um espaço com atividades voltadas para incentivar a o respeito e a curiosidade à agricultura. A ideia é que eles conheçam todas as fases do cultivo, até das mais técnicas, ligadas ao controle do pH da água e ao controle biológico de pragas.

Já os adultos terão a oportunidade de integrar oficinas de cultivo, além de palestras com temas conectados à vida sustentável e à sustentabilidade, visando um consumo mais consciente dos alimentos.

Bittencourt frisa que o foco da BeGreen é criar um ambiente de contato das pessoas com a natureza, e com os alimentos in natura. E conclui que:

“É uma maneira de revitalizar o espaço do shopping, apontando para uma ideia de integração com a natureza, importante nos dias de hoje”.

Fonte: O Globo

*Foto: Divulgação / Eugenia Del Vigna

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